Um ponto em 12 disputados, está na hora de ganhar!

O empate por 2 a 2 na Arena contra o Santos freou a tentativa do Grêmio sair da lanterna do Brasileirão. Até agora, foram 4 jogos e apenas um ponto conquistado. No jogo dessa quinta (24), a vitória escapou por acomodação com a vitória parcial de 2 a 1. O que o Grêmio não esperava era a bomba de Marinho no final do jogo, que jogou um balde de água fria na equipe gremista. Porém, também é preciso destacar alguns pontos positivos que indicam uma possível evolução do time de Tiago Nunes.

Para começar, o treinador fez o simples, colocou os melhores para jogar. Gabriel Chapecó, Diogo Barbosa, Victor Bobsin e Léo Pereira foram escolhas corretas de Tiago Nunes. Dessa vez, não inventou moda. Escalou jogadores que vinham em ascensão e preservou atletas que estavam "queimados" com a torcida como Bruno Cortez e Paulo Victor. 

As mudanças surtiram efeito, nas vezes que atacou, o Grêmio se impôs e foi agressivo. Logo no começo do jogo, Diego Souza (sempre ele) abriu o placar após excelente cruzamento de Rafinha e assistência de cabeça de Bobsin. Aliás, o grande trunfo das investidas no ataque do Grêmio foi a movimentação e chegada dos médios. Falo de Matheus Henrique e Bobsin, que ajudaram a pressionar a saída de bola arriscada do Peixe.

Claro que com a saída para o jogo desses meio-campistas, os espaços para o time adversário apareceriam. Após Matheus Henrique se atrapalhar na transição para o ataque, Camacho roubou a bola e iniciou jogada para o gol de Marcos Guilherme. Empate e clima tenso na Arena. Matheus já havia falhado no ataque anterior ao gol. Ele foi cobrado por Tiago Nunes e decidiu retrucar com falta de respeito ao comandante hierárquico. O camisa 7 pediu desculpas publicamente, mas isso não apaga a atitude descabida do volante. 

Após sofrer o gol, o Grêmio correu atrás do prejuízo. Precisava da vitória, era vencer ou vencer. Com essa mentalidade, o time conseguiu a vantagem com gol de Matheus Henrique, após falha na defesa santista. O gol permitia ao Grêmio ir para o intervalo de cabeça fria.

Na volta para o segundo tempo, parecia que o Grêmio iria amassar o Santos. Com um volume de jogo alto e diversas finalizações criadas, a tendência era a construção de um placar elástico do Grêmio. Mas o time não soube aproveitar o momento, e Tiago Nunes entendeu tarde demais que precisava oxigenar o ataque, suas mexidas demoraram demais. Com isso, a equipe apenas administrou o resultado parcial perigoso de 2 a 1. 

Tão perigoso que o Santos passou a dominar o Grêmio. O auge da predominância do Peixe foi quando Marinho acertou um pombo sem asa cheio de efeitos no gol. Não deu para o Chapecó, e nem é plausível culpar o jovem goleiro. Se trata de uma bola defensável, mas todo o respaldo deve ser dado para um guri que surgiu recentemente e tem tudo para render mais do que Paulo Victor, autor de várias falhas recentes. 

O Grêmio pagou caro pela acomodação em cima do placar, deveria ter atacado mais e não deixado o Santos assumir o controle da partida. Na situação de lanterna, o time não podia ficar satisfeito com vitória por apenas um gol de diferença. Qualquer bobeira arranca pontos importantes e que farão diferença lá na frente. 

Para o próximo jogo no domingo (27) contra o Fortaleza, a pressão pelos três pontos é enorme. É verdade que a equipe cearense está entre os primeiros colocados do Brasileiro e tem uma equipe organizada, mas joga fora de casa, não tem o mesmo investimento que o Grêmio e não é o ultimo time da tabela. Por essas razões, a vitória vira praticamente obrigação.


Texto: Marcelo Henrique.

Fotos: Lucas Uebel / Grêmio FBPA.

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